UNIVERSIDADE DE SOROCABA
ADMINISTRAÇÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR
NAVEGAÇÃO INTERNACIONAL - 8O. PERÍODO
PROF. ADONIS
"PORTO DE PITTSBURGH"
VLADIMIR FARIAS DOS SANTOS - RA715013
ÍNDICE
Introdução 1
Porto de Pittsburgh 4
Sobre o distrito portuário 4
O porto e a área de Pittsburgh 4
O maior porto fluvial da nação 5
Por que usar o sistema de canal fluvial? 5
Linhas da barca e vista geral
das companhias de reboque 7
Funções da Comissão do Porto de Pittsburgh 8
Porto de Santos 10
Características gerais do porto de Santos 12
Porto de Santos – resumo estatístico 13
Referências bibliográficas 14
INTRODUÇÃO
Neste trabalho serão apresentadas algumas características dos portos de Pittsburgh e Santos, dois portos que apresentam grandes diferenças a começar pela natureza de cada um. O primeiro é um porto fluvial, localizado no distrito de Pittsburgh, EUA, sudoeste da Pensilvânia que utiliza barcas para o transporte de diversos produtos mas principalmente matéria-prima para as indústrias da região em uma rede de 200 milhas navegáveis de canais formados pelos principais rios da região e se estende a. até 10.000 milhas na direção de pontos mais distantes. O segundo é um porto marítimo, o maior da américa latina, localizado no Estado de São Paulo, Brasil, que tem papel fundamental para a economia do nosso país uma vez que escoa grande parte da produção nacional destinada ao exterior e recebe também boa parte dos produtos importados. Assim, enquanto um atende quase que exclusivamente ao mercado doméstico, pois embora tenha conexões de apoio intermodal que possibilitam fazer chegar suas cargas a pontos mais distantes, o atendimento ao mercado interno é sua principal função; o outro, além desta, tem fundamentalmente a função de servir como porta estratégica ao comércio internacional brasileiro que como na maioria dos países do mundo caminha a um ritmo crescente, notadamente com o advento da globalização.
Notará o leitor que não são muitas as informações apresentadas sobre os dois portos, primeiro porque, principalmente em relação ao porto de Pittsburgh, eram escassas as fontes de consulta disponíveis e segundo, por não ser o objetivo deste fornecer uma grande quantidade de dados, pois isso acabaria tornando a leitura desinteressante e desviaria a atenção sobre o que é mais relevante.
É interessante notar que apesar de ser um porto fluvial e que à primeira vista imagina-se de pouco movimento, o porto de Pittsburgh apresenta uma impressionante cifra de 52,9 milhões de ton./ano transportadas, gerando um lucro para a região da ordem de US$ 380 milhões, índices esses que superam os de muitos portos marítimos. O custo desse transporte também é bastante baixo, chegando a um 1/5 dos demais modais. Outro ponto a favor, é o fato de que o transporte realizado dessa forma exigie pouco consumo de combustível, que além de estar incluído no baixo custo, contribuí com a preservação do meio-ambiente pelo fato de gerar menos poluição.
Nos EUA existem diversos desses portos, o mesmo já não acontece no Brasil, pois o nosso modelo de desenvolvimento privilegiou o transporte rodoviário em detrimento de alternativas mais econômicas como esta, caso também do transporte ferroviário. Os portos brasileiros em geral, são subtilizados, têm pouca infra-estrutura, administração ineficiente e carecem de investimentos até para a manutenção básica. Considerando a grande quantidade de rios com extensos trechos perfeitamente navegáveis, é um desperdício, no mínimo, o fato de nossos governantes não aplicarem recursos no desenvolvimento de um complexo portuário que poderia espalhar-se por diversas regiões brasileiras e ser capaz de oferecer resultados amplamente satisfatórios quando comparado com outras modalidades de transporte mais dispendiosas.
Muito embora a situação brasileira nesse ponto ainda seja bastante ruim, já observam-se algumas ações que visam criar novos portos, tanto fluviais quanto marítimos e recuperar e expandir os já existentes, como é o caso do próprio porto de Santos que tem um projeto em andamento nesse sentido, com conclusão prevista para fevereiro de 2001, conforme poderá ser visto no decorrer deste trabalho.
Podemos atribuir as ações mais recentes para incremento da atuação dos portos brasileiros a diversos fatores, dentre eles, podemos destacar a crise do modelo desenvolvimentista que coincidiu, no início da década de 90, com a abertura da economia brasileira ao comércio internacional, esta tida como peça fundamental para a estabilização monetária. O incremento do comércio internacional, dessa forma, necessitava de investimentos na modernização e ampliação de infra-estrutura em diversas áreas, aí incluídos os portos. Cabe notar, entretanto. que isso começou a ser feito de forma pouco planejada, haja vista as urgências conjunturais que marcaram a opção pela inserção nos mercados globais (e, em particular, as incertezas ligadas ao futuro do "Plano Real").
Passados os primeiros anos da década de 90 e com uma certa estabilização econômica, podemos verificar os resultados de atitudes precipitadas no âmbito dos investimentos efetuados pelo poder público e aprender com os erros cometidos para desenvolver estratégias e planos mais condizentes com as reais necessidades do país em termos de transporte, considerando aqui, apenas o transporte de cargas.
Já foram realizadas ações para privatização das estruturas portuárias brasileiras e não se pode negar a validade disso em razão do pouco feito até agora com o monopólio estatal. O chamado "custo Brasil" é uma das mazelas herdadas desse sistema, embora seja preciso destacar-se aqui um certo paradoxo pois as próprias privatizações vêm exigindo um grande aporte de capital público para sanear estruturas que são consideradas no modo como estão, pouco atraentes pelos possíveis compradores. Em certas situações talvez não seja o caso de defender a privatização pura e simples, mas sim um modelo de gestão compartilhado entre o capital público e privado, com parcerias que possam atender melhor às necessidades de determinado local.
Mais importante do que discutir o passado é tratar agora de planejar o futuro pois o Brasil e vários outros países do mundo não podem mais isolar-se e continuar protelando medidas que se configuram fundamentais para a sua inserção vitoriosa no âmbito de uma economia globalizada que tem um aspecto bem temível, ela é altamente competitiva e seletiva, ou seja, sem lugar para os fracos e de pouca atitude.
PORTO DE PITTSBURGH
Na interseção de três rios principais e de um complexo de conexões intermodais está um porto que recebe matérias-primas e insumos por barcas, adiciona valor através do processamento pelas indústrias, e introduz no mercado os produtos resultantes para todo o mundo através de redes de distribuição eficientes.
Sobre o distrito portuário
O porto e a área de Pittsburgh
Resultados de estudos estimam que quase $8 bilhões em bens já foram movimentados ao longo dos canais do porto do distrito de Pittsburgh e 34.000 trabalhadores no sudoeste da Pensilvânia são dependentes do sistema de transporte do canal. O transporte por canal fluvial é geralmente a modalidade menos cara de transporte. As escalas médias do custo estão entre US$ 0,005 e $0,01 por milha de tonelada de carga movimentada. Compara-se isto a quase $0,05 para os trilhos e a $0,10 para caminhões. Estas economias oferecidas às companhias encontradas dentro do distrito do Porto de Pittsburgh dão uma vantagem substancial no transporte de matérias-primas ou produtos acabados e são ainda uma boa estratégia de marketing.
O maior porto fluvial da nação
Baseado em dados de 1998 do corpo de exército dos E. U. e seus coordenadores, Pittsburgh é o porto fluvial mais ocupado na nação. Pittsburgh é maior em tonelagem do que Los Angeles, Baltimore ou Filadélfia. As 52,9 milhão toneladas de carga que Pittsburgh envía e recebe iguala-se a um benefício anual à região de mais de US$380 milhões.
Por que usar o sistema do canal fluvial? |
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O sistema dos canais fluviais é de 10.000 milhas de canais navegáveis que conectam Pittsburgh a áreas de mercado tão distantes quanto Minnesota, Illinois, Missouri, Alabama, Louisiana, e Texas, incluindo o transbordo aos mercados ultramarinos. Benefícios de usar o sistema do canal fluvial |
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Custo Mais baixo. |
O transporte da barca pode ser tão baixo quanto 1/5 do custo de outras modalidades de transporte. |
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Menos Poluição. |
O transporte via barca consome menos combustível, gera-se menos poluição e causa-se menos danos ambientais do que as outras modalidades de transporte. |
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Facilidade gerência. |
O transporte do canal pode ser mais fácil de controlar quando coordenado através da commissão do Porto de Pittsburgh com procedimentos de carga e descarga simples e uniformes. E o transporte no canal é bastante seguro. |
O Porto de Pittsburgh é um centro intermodal estratégico, servido por mais de 30 terminais públicos de rio e conectado ao restante da nação por 18 linhas de barca, por duas estradas de ferro de classe 1, e por quatro estradas interestaduais.
Linhas da barca e vista geral das companhias do reboque
Carregadores de Transporte Longo
Funções da Comissão do Porto de Pittsburgh
A Missão Da Comissão.
Promover o uso e o desenvolvimento comercial do sistema de transporte do canal fluvial e integrar esse sistema ao futuro econômico, turístico, ambiental e intermodal do sudoeste da Pensilvânia. |
Especificamente, são funções da comissão:
PORTO DE SANTOS
Modernização do Porto de Santos
OBJETIVO: Aumentar a eficiência operacional do Porto de Santos para cargas em geral, reduzindo os custos operacionais e o Custo Brasil.ASPECTOS RELEVANTES: O projeto de Modernização do Porto de Santos insere-se num processo de restruturação ampla do complexo portuário de Santos, denominado "PROJETO SANTOS 2000", que se subdivide em dois subprojetos: o Programa de Arrendamento e Parcerias no Porto de Santos – PROAPS e o Programa de Expansão do Porto de Santos.
|
|
O PROAPS tem como objetivo transferir a operação do Porto de Santos à iniciativa privada, permanecendo apenas com suas funções de administrador do sistema portuário. è objetivo também estimular a competitividade em todos os segmentos da cadeia logística e promover a concorrência entre os portos e dentro deles, visando a redução dos custos e aumento de qualidade dos serviços nos portos públicos. Neste programa, já foram concluídos 10 processos, abrangendo áreas de cerca de 300.000 m2 e com movimentação mínima garantida superior a 6 milhões de toneladas/ano e investimentos comprometidos de pouco menos de R$ 200 milhões. Estão em curso 11 licitações que irão movimentar em 1.300.000 m2 cerca de 14 milhões de ton/ano e pouco menos de R$ 400 milhões. Já existem mais de 30 pedidos para serem atendidos futuramente.
O Programa de Expansão do Porto de Santos objetiva a expansão e introdução de melhorias técnicas e operacionais em dois terminais especializados, de conteineres (TECON) e fertilizantes (TEFER), e no Corredor de Exportação para grãos, possibilitando aumento de movimentação de carga. Esse programa conta com o suporte financeiro do Governo Japonês, através do "The Overseas Economic Corporation Fund - OECF", da ordem de R$289,9 milhões, com contrapartida brasileira de R$357,9 milhões, através da execução das obras civis de ampliação do TECON.
A ampliação do TECON consistirá na construção de mais de 310 metros de cais acostável e retroárea de 180.000 m2 com instalação de novos equipamentos, possibilitando aumentar a capacidade de movimentação de 270.000 para cerca de 500.000 TEU/ano.
Com referência ao TEFER, prevê-se a construção de novo píer para instalação de outros equipamentos, que possibilitarão o aumento da capacidade de movimentação de 800t/h/píer para 2.400t/h/píer, permitindo atingir 3.000.000t/ano.
A implantação do novo Corredor de Exportação prevê a construção de píer e respectiva ponte de acesso, silos para armazenagem e sistema de transportadoras, aumentando a capacidade de movimentação de 3.000.000t/ano, em adição às 2.000.000t/ano movimentadas no terminal existente.
As ações instrumentais estruturadoras implementadas no Porto de Santos foram:
ESTADO BENEFICIADO:
SPBENEFÍCIOS GERAIS:
VALOR GLOBAL DO EMPREENDIMENTO:
R$ 693,3 milhõesORÇAMENTO APROVADO PARA 1997:
R$ 24,35 milhõesORÇAMENTO CONTINGENCIADO COM 19,95%:
R$ 19,492 milhõesREAL NECESSIDADE ORÇAMENTÁRIA PARA 1997:
R$ 45,0 milhõesCRONOGRAMA:
Conclusão em fevereiro de 2001
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PORTO DE SANTOS
|
|
ÁREA |
|
|
Total
|
7.765.100 m2
|
Área do Porto
|
Margem Direita
|
3.665.800 m2
|
|
Margem Esquerda
|
4.099.300 m2
|
CAIS
|
Número de berços
|
CODESP
|
53
|
Terminais Privativos
|
11
|
LOCAL
|
EXTENSÃO
|
PROFUNDIDADE
|
Total
|
13.013 m
|
Entre 5.0 e 13.5 m
|
CODESP
|
11.600 m
|
Entre 6.6 e 13.5 m
|
Terminais Privativos
|
1.413 m
|
Entre 5.0 e 13.0 m
|
ARMAZÉNS
|
Área Total (incluindo silos)
|
499.701 m2
|
PÁTIOS
|
Área Total
|
981.603 m2
|
TANQUES
|
255 tanques
|
585.111 m3
|
DUTOS
|
Ilha do Barnabé, Saboó e Alemoa
|
55.676 m
|
LINHAS FÉRREAS
|
Ferrovia
|
186.784 m
|
Outras (guindastes, portêineres, transtêineres)
|
13.217 m
|
Total
|
201.183 m
|
FORÇA DE TRABALHO
|
Descrição
|
Efetivo
|
Com vínculo
| 1.991
| |
Companhia Docas do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação
comus@portodesantos.com
PORTO DE SANTOS – RESUMO ESTATÍSTICO
MOVIMENTO DE AGOSTO (em toneladas) |
|
|
1999
|
2000
|
Diferença 99 e 2000 (%) |
|
TOTAL
|
3.935.003
|
4.122.228
|
4,76
|
EXPORTAÇÃO
|
2.496.750
|
2.205.190
|
-11,68
|
IMPORTAÇÃO
|
1.438.253
|
1.917.038
| 33,29
|
PRINCIPAIS MERCADORIAS MOVIMENTADAS (em toneladas) |
|
MERCADORIA
|
|
1999
|
2000
|
Diferença (%) |
|
AÇÚCAR
|
940.800
|
430.060
|
-54,29
|
CAFÉ
|
41.865
|
25.655
|
-38,71
|
SUCOS CÏTRICOS
|
112.191
|
96.180
|
-14,27
|
SOJA EM GRÃO
|
239.967
|
345.126
|
43,82
|
FARELOS DE SOJA
|
100.124
|
115.106
|
14,96
|
PAPEL
|
23.713
|
12.031
|
-49,26
|
TRIGO
|
110.043
|
201.484
|
83,10
|
SAL
|
54.800
|
75.000
|
36,86
|
ADUBO
|
174.625
|
223.897
|
28,22
|
ENXOFRE
|
53.126
|
151.533
|
185,23
|
ÓLEO DIESEL
|
96.537
|
134.044
|
38,85
|
GASOLINA
|
129.157
|
204.967
|
58,70
|
ÓLEO COMBUSTÍVEL
|
7.934
|
96.748
|
1.119,41
|
CONTÊINERES *
|
54.331
|
60.565
|
11,4
|
NAVIOS ATRACADOS
|
367
|
286
| -22,1
|
MOVIMENTO ACUMULADO (em toneladas – janeiro/agosto) |
|
|
1999
|
2000
|
Diferença 99 e 2000 (%)
|
TOTAL
|
28.045.243
|
27.584.409
|
-1,64
|
EXPORTAÇÃO
|
16.336.753
|
14.694.658
|
-10,05
|
IMPORTAÇÃO
|
11.708.490
|
12.889.751
| 10,09
|
PRINCIPAIS MERCADORIAS MOVIMENTADAS (em toneladas) |
MERCADORIA
|
|
1999
|
2000
|
Diferença (%) |
|
AÇÚCAR
|
4.371.193
|
1.846.295
|
-57,76
|
CAFÉ
|
357.026
|
237.120
|
-33,58
|
SUCO CÍTRICO
|
695.144
|
689.283
|
-0,84
|
SOJA EM GRÃO
|
2.382.745
|
2.693.055
|
13,02
|
FARELOS DE SOJA
|
903.789
|
713.763
|
-21,03
|
PAPEL
|
228.877
|
121.149
|
-47,07
|
TRIGO
|
1.257.589
|
1.489.138
|
18,41
|
SAL
|
491.742
|
496.204
|
0,91
|
ADUBO
|
812.917
|
1.186.614
|
45,97
|
ENXOFRE
|
821.586
|
784.490
|
-4,52
|
ÓLEO DIESEL
|
888.670
|
934.958
|
5,21
|
GASOLINA
|
769.728
|
1.025.040
|
33,17
|
ÓLEO COMBUSTÍVEL
|
563.280
|
1.264.237
|
124,44
|
CONTÊINERES *
|
393.409
|
420.933
|
6,9
|
NAVIOS ATRACADOS
|
2.631
|
2.640
| 0,3
|
|
= EM UNIDADES E = CARGAS DE EXPORTAÇÃO
I = CARGAS DE IMPORTAÇÃO
Assessoria de Comunicação Social - CODESP
Tel. (013) 234-9958Telefax (013) 234-9335 E-mail:
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cidades e Portos – Os espaços da Globalização
Gerardo Silva & Giuseppe Cocco
Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
Pesquisa na Internet:
http://www.portpitt.pgh.pa.us/pi/port_information.html http://www.portpitt.pgh.pa.us/tr/transportation.html http://www.portodesantos.com.br